Nota Biográfica
JORGE FERNANDES DA CÂMARA
Filho de:
Joaquim Leopoldo Raposo da Câmara e Raimunda Fernandes da Câmara.
São seus avós:
Maternos:
• Bevenuto Praxedes de Oliveira e Maria Messias da Silveira, da famÃlia Fernandes Pimenta de Caraúbas.
Paternos:
• Manoel Leopoldo Raposo da Câmara e Antonia Carrilho da Câmara, nascida.
 Descende diretamente da velha e tradicional famÃlia dos "Câmara de Lobos", fundada em Portugal em 1460, por João Gonçalves Zarco da Câmara de Lobos e transplantada para O Brasil em 1738,por Manoel Raposo da Câmara,Morgado na Ilha de São Miguel, seu quinto avô.  Nasceu no engenho "ParaÃso", no municÃpio de Cearamirim, em 27 de julho de 1894. Sua primeira escola foi a Casa Grande do engenho,de onde passou para o colégio Diocesano S. Antônio, em Natal, concluindo o curso primário.Matriculou-se, depois, no Atheneu Norte Rio Grandense, permanecendo ate o 4° ano do curso de Ciências e Letras, quando foi extinto pela reforma Rivadavia.
 Convidado pelo seu tio Dr. Augusto Leopoldo, fez parte da redação do velho "Diário de Natal", onde sob a orientação do mestre Pedro Alexandrino, aprendeu a difÃcil arte de escrever bem.  Aos 11 anos já era órfão e aos 19 foi Ihe entregue administração dos bens deixados por seus pais, passando a trabalhar no engenho "São Leopoldo".  Casou-se, em 21 de Junho de 1914, com sua prima Noemi Câmara. Do casal houve 12 filhos.  "Foi um senhor de engenho de mentalidade progressista, realizando muito com os parcos recursos de que dispunha ainda numa época de economia fechada, de inexistência de credito, de ausência de institutos. E como senhor de engenho ensinou também, pelo exemplo de sua modéstia, o que um homem calado, mas eloqüente na ação, poderia ensinar", nas palavras amigas de Edgar Barbosa.  Dedicou sua vida a famÃlia, aos amigos, ao trabalho e a fazer o bem. Muito caridoso,  sempre interessado em ajudar os necessitados. Embora pouco se saiba sobre sua participação em obras de caridade a religiosa Irmã Vitória diretora de uma Instituição para crianças carentes, contava que seu trabalho com as crianças não existiria sem a ajuda dele que não deixava faltar nada a sua Instituição. Ela o chamava carinhosamente de "Mano Jorge".  Autodidata, Inteligente, culto e muito educado - era um verdadeiro "gentleman".  Na famÃlia foi o pai sempre presente, amoroso e de uma dedicação com os filhos a ponto de cada um se sentir como seu preferido.  Na agricultura, foi um dos pioneiros na introdução de variedades novas e resistentes de cana, as POJ, as de coimbatore e outras em substituição à s antigas Caiana e Flor de Cuba, únicas então cultivados. Escreveu, na época, "A cana de açúcar no vale de ceara mirim".  Na interventoria de Irineu Jofeli no Estado foi durante curto tempo, prefeito de Cearamirim.  Rotariano, foi sempre aos congressos do Rotary pelo Brasil.  Em 1953, fez uma viagem de estudos e repouso a vários paÃses da Europa, da qual escreveu minucioso relato.  Faleceu a 09 de Outubro de 1958, aos 64 anos, na casa de saúde "Santa Rita" em São Paulo. Seus restos mortais repousam hoje no tumulo dos Leopoldo da Câmara no cemitério do Alecrim. Â
Artigo escrito pela senhora Eleonora Câmara.
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