Daí provém os Bakker norte-rio-grandenses. João André no Rio Grande do Norte foi homem de várias atividades curiosas. Faz-se professor de primeiras letras e de francês. Entendia de medicina prática, fazendo pequenos curativos e até intervenções cirúrgicas... Tratou doentes de febre perniciosa, em 1873, em são José de Mipibu, em 1877 arrosta a apidemia de febre em Macaíba, em 1881 enfrentou a varíola em Canguaretama e o sourto de “bexigas” de 1882, em Natal. Foi nomeado, por especial favor de presidente Sátiro de Oliveira Dias, em 28-12-1881, para o cargo de professor adjunto de francês no ateneu. Em 27-2-1886, pobre, doente, desamparado, enviou à Assembléia Provincial um requerimento, narrando sua história com as datas, os nomes, as promessas, os elogios, os relevantes serviços. Pedia para que, de qualquer forma, tivesse um aumento em seu tempo de trabalho, já sendo do magistério há mais de 12 anos. A comissão de Petições encaminhou o requerimento ao Governo-Geral, o qual apreciaria como se fosse de justiça e entendimento de sua sabedoria. Dessa sabedoria nada surgiu João André de Bakker faleceu em Natal, a 18-8-1889. Seu epitáfio é o final de sua “memória” enviada à assembléia provincial; “todos esses serviços foram prestados grátis e sem que o suplicante obtivesse a mínima recuperação ou recompensa”...
< Anterior | Próximo > |
---|