Instituto José Maciel

Tobias do Rego Monteiro

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Tobias do Rego Monteiro

               Nasceu em Natal e faleceu em Petrópolis, RJ. Filho de Jesuíno Rodolfo do Rego Monteiro e D. Maria Inácia do Rego Monteiro. Tendo terminado os estudos preliminares em Natal, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, cujo curso interrompeu no 4º ano.
               Sua vocação pela imprensa revelou-se muito cedo, fundando e redigindo em Natal os jornais literários quinzenais A Idéia no período de 1879-1880 e A Luz de 1882-1883.
               Após a Proclamação da República, trabalhou no Diário Oficial e depois secretariou o Ministro da Fazenda Rui Barbosa.
               Segundo Carlos Viana Bandeira, cunhado de Rui, foi o Conselheiro Manuel Pinto de Sousa Dantas que, por meio de uma carta de apresentação pediu a Rui que desse um lugar na redação de O País ou Diário de Notícias a Tobias. Rui teve muito boa impressão dele e, quando tornou-se ministro fez de Tobias seu oficial de gabinete, encarregado de redigir a correspondência pessoal. Tobias freqüentava assiduamente a casa de Rui no Flamengo e participava dos assuntos ligados à família. Conhecia o temperamento de Rui e o descrevia como um homem de gênio forte que se convertia numa fera quando contrariado. Foi Tobias que o aconselhou a consultar o médico Dr. Francisco de Castro em agosto de 1891, quando Rui foi acometido de uma broncopneumonia.
               Dedicado, na época da Revolta da Armada, Tobias acompanhou Rui, da casa do Dr. Francisco de Castro para a legação do Chile e daí para a lancha que conduziu seu chefe ao navio Madalena que o levaria ao exílio. Nesta época, depois de uma série de peripécias, Tobias foi preso, recolhido à Casa de Correção do Rio de Janeiro e em seguida buscou exílio em Buenos Aires. Na sua volta ao Brasil, articulou a aquisição do Jornal do Brasil do qual foi redator secretário, e obteve de Rui a procuração, datada de 11/03/1892, para tratar dos termos da compra.
               Historiador; escreveu para o Jornal do Comércio e para o Correio Paulistano em defesa da política do Governo Prudente de Morais e secretariou o Presidente Campos Sales. Durante o governo deste último intermediou a aproximação de Rui com o presidente, mas tal não aconteceu.
               Na viagem realizada pelo Dr. Campos Sales em 1898 por diversos países da Europa, já então eleito Presidente da República, Tobias Monteiro o acompanhou na função de redator do Jornal do Comércio e, no desempenho desta tarefa publicou nas colunas do mesmo jornal uma sério sob o título “Cartas sem Título” – polêmicas e entrevistas, artigos políticos datados do Rio e publicados também no Correio Paulistano de SP, sob o pseudônimo de José Estevão – 1900-1901; “O Senhor Campos Sales na Europa”, Notas de um jornalista, 1900; “Do Rio ao Paraná”, Rio de Janeiro, 1903; Pesquisas e Depoimentos para a história, 1913; As origens da guerra e o Dever do Brasil, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1913; Funcionários e doutores, Francisco Alves, 1917; História do Império Vol. 1, 2 e 3 – 1927, 1939, 1946.
               Foi Senador em 1921, pelo Rio de Janeiro, na vaga de Joaquim Ferreira Chaves que assumira o Ministério da Marinha. Renunciou o mandato em 1923.

Escrito por Rejane mendes M. de Magalhães

 
 Natal/RN - Brasil,