Instituto José Maciel

JENNY MACIEL DE ANDRADE

               A liturgia da vida dessa irmã espiritual, prima, tia afim e mulher espartana chamada Jenny Maciel de Andrade supera tudo que dela se possa imaginar.
               Filha de Olimpio Jorge Maciel e Elen Mesquita Maciel era casada com o meu tio e Juiz de Direito aposentado Dario Jordão de Andrade, exemplo de probidade e de cultura jurídica, hoje com a idade bíblica de noventa e cinco anos. No dia vinte oito de setembro passado, ele aniversariou. Mas, exatamente na madrugada desse dia, Deus chamou a sua Jenny como se fosse um desígnio superior, um determinismo misterioso e espiritual que não me cabe decifrar.
               Tia Jenny padecia a um mês, aproximadamente, de uma enfermidade que a levou por duas vezes ao internamento hospitalar. Mas, o que dizer de um ente simples, que devotou sua vida a vontade diária de permanecer útil com toda sinceridade de ser. A firmeza do caráter, a solidariedade familiar, o respeito, eram as emoções constantes que nos transmitia como reflexos permanentes de luz provindas de Olimpio e Elen.
               A sua devoção ao esposo na alegria, na doença e na velhice, foram sentimentos nobres que os seus filhos Ivan e Sonia conheceram como forças que brotavam do amor. E não apenas os dois mais os netos, os bisnetos, os sobrinhos, receberam essa orientação, essa herança, para incorporarem ao viver. Penso no meu velho tio, agora só, praticamente cego, e o medo da ausência me envolve misto de dor e ansiedade que compartilho com Sonia e Ivan Maciel de Andrade.
               Os momentos que chamará por Jenny. A voz que não se fará mais ouvir. A solidão completa somente compensada pela presença e o amor dos filhos e netos. À luz do espiritismo Kardecista, que teve em Olimpio e Elem dois excepcionais cultores haverá de amparar a ambos, justamente com José Maciel, irmão querido de Jenny, também no outro plano. A força evocativa de Jenny Maciel de Andrade nessa hora, Tem o condão de expressar o meu respeito, a minha admiração, a minha homenagem. E, creio, em nome de todos os sobrinhos, que ficaram na saudade, que a sua vida simples, reta, do lar, não foi em vão. Do seu caráter Jenny, você deixou no mundo, na terceira geração do tronco familiar, dois exemplos marcantes e personalísticos de sua criação – Ivan e Sonia – que continuarão, com certeza, a nos fazer lembrar de você.