Instituto José Maciel

Amelia Earhart

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Última rota

No dia 7 de junho de 1937, aterrissou no campo de Parnamirim, pilotando um pequeno bimotor Looc-Kheed Electra, a ousada e respeitada aviadora norte-americana Amélia Earhart, em companhia do navegador Fred Noonan.

Aqui, ficou hospedada na residência do inglês Scott Broock, em Petrópolis, durante o seu pernoite, enquanto descansava para cumprir mais uma etapa de sua tentativa de dar a volta ao mundo, o que teria um final trágico.

Naquele dia, em conversa com jornalistas de “A República”, Amélia teceu comentários sobre o Aeroporto de Parnamirim: “Com os aviões franceses, alemães, brasileiros e americanos, que vão e vem constantemente, Natal é o mais cosmopolita dos aeroportos do nosso hemisfério e o que onde se fala o maior número de línguas, Nesta parte do Brasil, o sol é vermelho e semelhante ao de Geórgia e da Virgínia. Todo mundo em Natal me obsequia”.

A viagem ao redor do mundo fora iniciada pela dupla Amélia e Fred Noonan, em 17 de março de 1937. A rota planejada inicialmente era com a decolagem de Oakland e escalas nas Ilhas Howland, Nova Guiné e Port Darwin, na Austrália. Dali partiriam para a segunda etapa da volta ao mundo: África, Arábia, e Brasil, para, na seqüência, retornar ao ponto de partida. Previam voar aproximadamente 10.500 km sobre as águas.

No início da viagem acidentaram-se na decolagem em Honolulu e tiveram que voltar a Califórnia para conserto do avião e reformulação da rota, agora com opção de seguir pelo Leste.

A segunda largada da dupla aconteceu no dia 19 de maio, com destino para Miami, onde permaneceram por alguns dias. Depois, tomaram o rumo da América do Sul, em direção a Porto Rico, Paramaribo, Fortaleza e Natal.
Na madrugada de 8 de junho, a dupla despediu-se de Natal, pilotando em direção a África, gastando pouco mais de 13 horas para a travessia do Atlântico. De Dakar seguiram direto para a Arábia, sobrevoando à África Central. Após chegarem a Karachi, prosseguiram em direção a Cingapura, Austrália e Nova Guiné.
Amélia se preparava para enfrentar a última e decisiva batalha nos ares – um trajeto difícil sobrevoar o Oceano Pacífico, em direção às Ilhas Howland, uma pequena ilha no meio do Oceano, onde reabasteceriam o avião.
A 2 de julho de 1937, decolaram de Lae, na Nova Guiné. O jornal americano Herald Tribune recebeu a primeira mensagem de Amélia despachada de Lae, na qual informava ter decolado às 10:00 horas (horário local) e que manteria vôo direcionado às Ilhas Howland.
Depois de 7 horas de vôo anunciava a sua posição, ao esclarecer que percorrera 800 milhas. Voltou a emitir outras mensagens, dizendo que estava voando com céu nublado e encoberto.. Uma hora depois, não escondia o seu nervosismo, aflita ao dizer que voava em círculos. Após cinco horas, Amélia despacharia uma aflita mensagem de despedida, lamentando-se em tom desesperado: “Estamos voando para frente e para trás, procurando a ilha”. Logo depois, desapareceria no mar.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos armou uma gigantesca operação de salvamento, mobilizando aviões e barcos que passaram a vasculhar, incessante e infrutiferamente, uma área de 254 mil milhas quadradas de mar.
Amélia foi declarada oficialmente morta no dia 5 de janeiro de 1939.
Caso Amélia tivesse completado a volta ao mundo, teria voado 29.000 milhas ao redor da Terra.
Os destroços do avião Loockheed Electra, desaparecido desde 1937, supostamente seriam encontrados em 1992, por Richard Gillespie, Diretor da TIGHAR, sigla inglesa do Grupo Internacional para Recuperação de Aviões Históricos.
Os destroços de um avião com as mesmas características foram encontrados no atol de Nikumaroro, entre o Havaí e Papua (Nova Guiné), e junto a eles soia saltos de sapatos femininos, que supostamente teriam pertencido à desafortunada aviadora.

FONTE: ARTIGO. ELÍSIO AUGUSTO DE M. E SILVA, empresário, escritor e presidente da Fundação Amigos a Ribeira.
 

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