
Dados Artísticos
Em 1942, se apresentou no programa Papel Carbono, de Renato Murce. No mesmo ano, acompanhada pelo regional de Benedito Lacerda interpretou durante uma festa o choro "Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu, com letra de Eurico Barreiros. O flautista gostou tanto de sua interpretação que tomou a iniciativa de levá-la aos estúdios da gravadora Columbia, na época dirigida pelo compositor João de Barro (Braguinha). Sua estréia em disco aconteceu em agosto de 1942, num 78 rpm que trazia o choro "Tico-Tico no Fubá" e o samba "Voltei pro morro", de Benedito Lacerda e Darci de Oliveira. Foi a primeira vez que o choro de Zequinha de Abreu composto em 1917, era gravado com a letra escrita por Eurico Barreiros após a morte do compositor. No mesmo ano, gravou os sambas "Racionamento", de Caio Lemos e Humberto Teixeira e, com Lauro Borges, "Altiva América", de Esdras Falcão e Humberto Teixeira. No ano seguinte, gravou os choros "Apanhei-te, cavaquinho", de Ernesto Nazareth, com letra de Darci de Oliveira e Benedito Lacerda, e "Urubu malandro", de motivo popular, com arranjos de Lourival de Carvalho e versos de João de Barro, com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto regional. Desde então, passou a ser conhecida como cantora identificada com o gênero que a consagraria: o choro. Passou a ser reconhecida como "Rainha do Choro". Em 1943, assinou contrato com a Continental, que relançou seus primeiros discos. Em 1944, gravou o samba "Brinque a vontade!...", de Osvaldo dos Santos, Odaurico Mota e Antônio Ferreira da Silva e a marcha "Os narigudos", de Banedito Lacerda e Haroldo Lobo. No mesmo ano, lançou os choros "Dinorá" e "É de amargar", ambos da dupla Darci de Oliveira e Benedito Lacerda. Ainda no mesmo ano, foi contratada pela Rádio Tupi, apresentando-se com os regionais de Claudionor Cruz e Rogério Guimarães. Em 1945, gravou os choros "O que vier eu traço", de Osvaldo dos Santos e Zé Maria e "Xem-em-ém", de Geraldo Medeiros e Nestor de Holanda. No mesmo ano, gravou em ritmo de choro a polca "Rato", de Claudino da Costa e Casimiro Rocha. Da gravação fez parte o violonista Garoto com o conjunto Bossa Clube. Em 1946, gravou o samba "Estava quase adormecendo", de João de Deus e Sebastião Figueiredo e o choro "Sonoroso", de Del Loro e K-Ximbinho, que foi um de seus sucessos. Voltou a gravar apenas dois anos depois, quando registrou os choros "Vou me acabar", de Altamiro Carrilho e Pereira Costa e "Sonhando", de K-Ximbinho e Del Loro. Voltou a ficar dois anos sem gravar e em 1950, lançou a marcha "João Paulino" e o samba "Adeus, vou-me embora", ambas as composições de autoria de Alberto Ribeiro e José Maria de Abreu. No mesmo ano, suas gravações para "Brasileirinho", de Waldir Azevedo e Pereira da Costa e "Teco-teco", de Pereira da Costa e Milton Vilela resultaram em enorme sucesso, sendo acompanhada nas duas composições pelo regional de Waldir Azevedo. Ainda no mesmo ano, assinou com a Todamérica, onde estreou com os choros "Molengo", de Severino Araújo e Aldo Cabral e "Derrubando violões", de Carioca. Em 1951, gravou os baiões "Delicado", de Waldir Azevedo e Ari Vieira, uma de suas gravações mais marcante e "Arrasta-pé", de Rafael de Carvalho. No mesmo ano, gravou dois clássicos do repertório do choro: "Galo garnizé", de Antônio Almeida, Luiz Gonzaga e Miguel Lima e "Pedacinhos do céu", de Waldir Azevedo, com letra de Miguel Lima. Em 1952, gravou o samba "Só você", de Bruno Gomes e Ivo Santos e o "Baião em Cuba", de Pedroca e Miguel Lima. No mesmo ano, seguiu para a França com a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, participando de um espetáculo em Paris produzido pelo jornalista Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados. Em 1953, gravou o choro "Vaidoso", de Poly e Juraci Rago, os baiões "Turista", de Poly e Geraldo Blota e "Meu Cariri", de Dilu Melo e Rosil Cavalcânti e a marcha " Uma casa brasileira", de Wilson Batista e Everardo de Barros. A partir de 1954, na Rádio Nacional, passou a apresentar-se com os regionais de Canhoto, Jacob do Bandolim e Pixinguinha e também com as orquestras de Radamés Gnattali e do maestro Chiquinho. Também em 1954, gravou a polca "Pinicadinho", da dupla Jararaca e Ratinho e o baião "Tem 20 centavos aí?", de Zé Tinoco. Em 1955, gravou o maxixe "Rio antigo", de Altamiro Carrilho e


Cantora de importância fundamental na música popular brasileira, e particularmente para o desenvolvimento do choro. Até o seu surgimento, o choro não era para ser cantado e era considerado como um gênero exclusivo dos instrumentistas.
Discografia
* (2001) Café Brasil Conjunto Época de Ouro, Paulinho da Viola, Ademilde Fonseca e outros • Teldec • CD
* (2000) As Eternas Cantoras do Rádio - Carmélia Alves, Violeta Cavalcanti, Ademilde Fonseca e Ellen de Lima • Leblon Recors • CD
* (2000) A Música Brasileira deste século por seus autores e intérpretes - Ademilde Fonseca • CD
* (2000) Vê se gostas - Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e Ademilde Fonseca • CD
* (2000) Chorinhos e Chorões - Vol. 2 • CD
* (2000) Ademilde Fonseca - 20 Selecionadas • CD
* (1998) Ademilde Fonseca - Vol. 2 • CD
* (1997) A Rainha do Choro • CD
* (1977) A Rainha Ademilde & seus chorões maravilhosos • MIS/Copacabana • LP
* (1976) Série Ídolos MPB Nº 14 • Ademilde Fonseca • LP
* (1975) Ademilde Fonseca • Top Tape • LP
* (1964) Esquece de mim/Carnaval na lua • Serenata • 78
* (1963) Marcha do pinica/"Tô" de bobeira • Marcobira • 78
* (1962) Pé de meia/Quem resolve é a mulher • Philips • 78
* (1961) De apito na boca/É o que ela quer • Philips • 78
* (1961) Boato/Que falem de mim • Philips • 78
* (1960) Tá vendo só/Indiferença • Philips • 78
* (1960) Choros Famosos • Philips • LP
* (1959) Na Baixa do Sapateiro/Io (Eu) • Odeon • 78
* (1959) Voz + Ritmo = Ademilde Fonseca • Philips • LP
* (1958) Eu vou na onda • Odeon • 78
* (1958) Rainha do mar/Cortina do meu lar • Odeon • 78
* (1958) À La Miranda • Odeon • LP
* (1957) Teia de aranha/Té amanhã • Odeon • 78
* (1957) Falsa impressão/Telhado de vidro • Odeon • 78
* (1956) Xote do Totó/Acariciando • Odeon • 78
* (1956) A situação/Procurando você • Odeon • 78
* (1955) Rio antigo/Saliente • Todamérica • 78
* (1955) Saudades do rio/Dó-ré-mi-fá • Todamérica • 78
* (1955) Polichinelo/Na vara do trombone • Odeon • 78
* (1954) Pinicadinho/Tem 20 centavos aí? • Todamérica • 78
* (1954) Qué pr'ocê?/Mar sereno • Todamérica • 78
* (1954) Dono de ninguém/Neste passo • Todamérica • 78
* (1954) A hora é essa/Amei demais • Todamérica • 78
* (1953) Vaidoso/Turista • Todamérica • 78
* (1953) Meu Cariri/Se amar é bom • Todamérica • 78
* (1953) Papel queimado/Sapatinhos • Todamérica • 78
* (1953) Uma casa brasileira/Se Deus quiser • Todamérica • 78
* (1952) Só você/Baião em Cuba • Todamérica • 78
* (1952) Gato, gato/Doce melodia • Todamérica • 78
* (1952) Sentenciado/Liberdade • Todamérica • 78
* (1951) Delicado/Arrasta-pé • Todamérica • 78
* (1951) Galo garnizé/Pedacinhos do céu • Todamérica • 78
* (1951) Meu senhor/Minha frigideira • Todamérica • 78
* (1950) João Paulino/Adeus, vou-me embora • Continental • 78
* (1950) Brasileirinho/Teco-teco • Continental • 78
* (1950) Molengo/Derrubando violões • Todamérica • 78
* (1950) Vão me condenar/Não acredito • Todamérica • 78
* (1948) Vou me acabar/Sonhando • Continental • 78
* (1946) Estava quase adormecendo/Sonoroso • Continental • 78
* (1945) O que vier eu traço/Xem-em-ém • Continental • 78
* (1945) Rato, rato/História difícil • Continental • 78
* (1944) Brinque a vontade!.../Os narigudos • Continental • 78
* (1944) Dinorá/É de amargar • Continental • 78
* (1942) Tico-tico no fubá/Volte pro morro • Columbia • 78
* (1942) Altiva América/Racionamento • Columbia • 78
* (1942) Apanhei-te cavaquinho/Urubu malandro • Columbia • 78

Em 1945, gravou os choros "O que vier eu traço", de Osvaldo dos Santos e Zé Maria e "Xem-em-ém", de Geraldo Medeiros e Nestor de Holanda. No mesmo ano, gravou em ritmo de choro a polca "Rato", de Claudino da Costa e Casimiro Rocha. Da gravação fez parte o violonista Garoto com o conjunto Bossa Clube. Em 1946, gravou o samba "Estava quase adormecendo", de João de Deus e Sebastião Figueiredo e o choro "Sonoroso", de Del Loro e K-Ximbinho, que foi um de seus sucessos.
Voltou a gravar apenas dois anos depois, quando registrou os choros "Vou me acabar", de Altamiro Carrilho e Pereira Costa e "Sonhando", de K-Ximbinho e Del Loro.
Voltou a ficar dois anos sem gravar e em 1950, lançou a marcha "João Paulino" e o samba "Adeus, vou-me embora", ambas as composições de autoria de Alberto ibeiro e José Maria de Abreu. No mesmo ano, suas gravações para "Brasileirinho", de Waldir Azevedo e Pereira da Costa e "Teco-teco", de Pereira da Costa e Milton Vilela resultaram em enorme sucesso, sendo acompanhada nas duas composições pelo regional de Waldir Azevedo. Ainda no mesmo ano, assinou com a Todamérica, onde estreou com os choros "Molengo", de Severino Araújo e Aldo Cabral e "Derrubando violões", de Carioca.
Veja abaixo, Ademilde canta:
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