Descendente de três gerações de militares, o gaúcho José Plácido de Castro começou a carreira militar aos 16 anos. Já havia ingressado na Escola Militar, o Casarão da Várzea, hoje Colégio Militar de Porto Alegre, quando eclodiu a Revolução Federalista, em 1893. Oficiais e cadetes solicitaram ao presidente Floriano Peixoto o fechamento da Escola pare que pudessem integrar as forças legalistas na luta contra os rebeldes federalistas. Plácido de Castro discordou de seus colegas e instrutores. Entendia, à luz da Constituição de 1891, em vigor, que, logo após a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca, deveria ter sido realizada eleição direta para a presidência. Por isso, Plácido de Castro não se alistou nas forças legalistas no embate da Revolução Federalista, mas lutou ao lado dos ‘’maragatos’’, chegando ao posto de major. Com a derrota para os ‘’pica-paus’’, que defendiam o governo Floriano Peixoto, abandonou a carreira militar. Mais tarde, no Acre, organizou uma força paramilitar com os seringueiros e acabou se tornando o herói da independência do Acre em relação à Bolívia e de sua anexação ao território brasileiro. Foi por esse motivo, e não por sua defesa incondicional do voto direto, que Castro foi incluído no Panteão da Pátria e da Liberdade, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Sérgio Resende de Barros
‘’ELE FICARIA SATISFEITO COM A CONSOLIDAÇÃO DA DEMOCRACIA, APÓS UM PERÍODO DE 22 ANOS COM ELEIÇÕES DIRETAS. ’’
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