O economista paraibano Celso Furtado participou da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e ocupou vários cargos públicos. Deixou vasta produção intelectual, com destaque para o livro Formação Econômica do Brasil (1959), lido por gerações de brasileiros. Com uma abordagem teórica criativa, apoiada no estruturalismo latino-americano bem como em John Maynard Keynes, nos clássicos e em Karl Marx, Furtado mostra nesse livro a importância da concentração da renda no nÃvel pessoal e regional para explicar o subdesenvolvimento brasileiro. Ele demonstra como os gastos públicos, sustentando a demanda interna, permitiram que a crise dos anos 1930 não fosse tão profunda no Brasil. Para ele, assentaram-se aà as bases para superar o atraso, abrindo espaço para um processo de industrialização que poderia fazer com que o Brasil deixasse de depender exclusivamente de estÃmulos externos para crescer. Seu legado foi enfatizar a importância da história para entender a economia. Motivo pelo qual o respeito a Celso Furtado ultrapassa as barreiras ideológicas e polÃticas.
Ramón Fernandez
‘’ELE SE SENTIRIA VALORIZADO POR TER DIFUNDIDO O ESTUDO DA HISTÓRIA ECONÔMICA, AINDA QUE NÃO ENCONTRASSE CONSENSO PARA TODAS AS SUAS IDEIAS.
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