Recordando Oswaldo Lamartine de Faria

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Recordo um tempo de cristas de galo. Recordo meu querido amigo e conterrâneo Oswaldo Lamartine. Não tenho palavras. Com ele foi um pouquinho de mim e o melhor da nossa escrita a ferro e fogo. Sabia que ele estava muito doente, fazia tempo. Nunca entendi esses gestos extremos, embora tenha por eles um enorme respeito. Respeito ao inescrutável da alma humana. Não sei as suas motivações e causas.

Não existe saber para essas coisas. Também não existe um culpado. Oswaldo, um escritor de um estilo primoroso. Oswaldo que era um dos maiores intelectuais desse estado. Que sofria com a degradação da cidade e de seus referenciais. Ele que era consultor de grandes escritores e referência mundial quando se tratava de assuntos do sertão. Agora, pode-se dizer mesmo: Do sertão do nunca mais. Tinha muitos livros escritos sobre ferros de marcar boi, açudes, abelhas, etc. Pena que seja pouco lido. Pena que seja tão pouco conhecido na academia.

Ficamos mais órfãos. O que resta senão chorar e agradecer o seu feito.

Por: João da Mata Costa