Jose Augusto Bezerra de Medeiros

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José Augusto Bezerra de Medeiros

José Augusto de Medeiros nasceu em Caicó, em 22 de setembro de 1884, tendo como avô paterno o Cel. Silvino Bezerra de Araújo Galvão, de Acari, e como materno o Senador José Bernardo de Medeiros, de Caicó.
Desempenhou os cargos de: Procurador da República Interino; Professor de História Geral e do Brasil, no atheneu Norte-Riograndense; Inspetor do Governo Federal, no Rio de Janeiro; Professor de Geografia; Diretor do Atheneu; Chefe de Policia; Juiz de Direito em Caicó, quando deixou o cargo para exerce vida pública.

Também ocupou os cargos de: Deputado Federal (1913); Secretário-Geral do Governo Ferreira Chaves (1914); Deputado a Assembléia Constituinte (1918); Deputado Federal em três legislatura sucessivas (1915/23); 1° Secretário da Câmara dos Deputados (1921/22); 2° Vice-Presidente da Mesa (1923); Governador do Estado (1924/27); e Senador Federal (1928/29), permanecendo pouco tempo nesse mandato, em função do fechamento do Congresso na Revolução de 1930.

Foi ainda Deputado Federal de 1935/37; Deputado a Assembléia Constituinte Nacional (1946); Deputado Federal; 1° Vice-Presidente da Câmara 1948/50; Deputado Federal; 1° Vice-Presidente de 1951/54.

No ano de 1955 não conseguiu se reeleger-se Deputado Federal, época em que disputou a sua ultima eleição no encerramento de sua vida pública, na qual renunciou até a primeira suplência, vitima de uma “brejeira”.

Era um político conservador, freqüentador do Café “Cova de Onça”, na Ribeira. Dotado de um excelente circulo de amizades era conhecido por sua cordialidade, decência e responsabilidade com os seus deveres.

Nos anos de 1956/57 foi Presidente do Conselho Nacional de Economia, Membro da Associação Comercial do Rio de Janeiro, da Federação das Associações Comerciais do Brasil e da Câmara de Comercio Exterior (1959).

O seu governo de ênfase à educação, construindo escolas, e ao desenvolvimento algodoeira, vital à economia do Estado. Foi o criador do Serviço de Algodão do Estado para incentivar o seu beneficiamento e comercialização.

Publicou vários livros: Pela educação nacional (1918); A representação profissional nas democracias (1933); O anti-projeto da Constituição em face da democracia (1933); Porque sou parlamentarista (1936); Dois discursos em defesa do Rio Grande do Norte; Famílias Seridoenses (1940); O sal e o algodão na economia potiguar (1946); O Seridó (1954); A federação mundial (1954); Presidência ou Parlamentarismo (1962) e o Rio Grande do Norte no Senado da República (1968).

Era sócio do Instituto Histórico Brasileiro; do Instituto Historio e Geográfico do Rio Grande do Norte; Associação Brasileira de Imprensa; Associação Brasileira de Educação; Academia Norte-Riograndense de Letras e Associação Brasileira de Escritores.

Como seu ultimo discurso, que foi à Tribuna da Câmara Federal despedindo-se da Casa em que convivera durante inúmeras legislaturas, em meio às mais expressivas figuras da política nacional, iniciou o seu pronunciamento com as seguintes palavras, que emocionou os presentes: “Olhem minhas mãos. Vejam-nas. São limpas. Não tem manchas de sangue, nem cheiro do azinhavre dos dinheiros públicos”.

Durante o período que administrou o Estado do Rio Grande do Norte, José Augusto foi um dos poucos políticos do Rio Grande do Norte com dimensão nacional.

José Augusto faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de maio de 1971, cercado pelos familiares, correligionários e admiradores.

Escrito por Elísio Augusto de Medeiros e Silva.