Instituto José Maciel

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Lembrando o legado de Heitor Carrilho

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Dotado de uma sensibilidade especial para a profilaxia das doenças mentais, o médico norte-rio-grandense Heitor Pereira Carrilho entregou-se de corpo e alma à psiquiatria médica, merecendo, em sua cidade Natal, uma tríplice homenagem a título de reconhecimento: é nome de manicômio, de clínica e de rua na Cidade Alta. Na cidade do Rio de Janeiro, seu nome batiza o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, na Rua Frei Caneca.

Nascido na capital potiguar, a 21 de março de 1890, Heitor Carrilho fez seus estudos secundários no velho Ateneu Norte-rio-grandense, nessa cidade, entre 1902 e 1905. Em seguida, migrou para o Rio de Janeiro, ali ingressando na Faculdade de Medicina e graduando-se em 1911.

Na Faculdade de Farmácia e Odontologia de Niterói exerceu intensa atividade docente como titular da cadeira de Fisiologia. Na Faculdade Nacional de Medicina foi assistente de clínica neurológica, passando a livre-docente de clínica psiquiátrica na Faculdade Fluminense de Medicina.

Seu trabalho mais notável, todavia, começou quando ele se empregou no antigo Hospício dos Alienados da Praia Grande, no Rio, em 1919, onde se especializou em clínica psiquiátrica e, como função pública, em psiquiatria criminal.

A partir daí, sua vida pública foi dedicada exclusivamente ao manicômio judiciário do Rio de Janeiro. Seguindo a orientação do grande psiquiatra baiano Juliano Moreira, pioneiro na assistência aos alienados no Brasil, Heitor Carrilho lutou para que fosse inaugurado o Manicômio Judiciário, o que veio a conseguir em 1930, tendo sido o seu primeiro diretor. Nessa função, organizou suas diferentes seções burocráticas, técnicas e científicas, e passou a desenvolver intensas atividades que só se encerrariam com a sua morte, no ano de 1954.

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MPB na História

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1962 - A execução de Adolf Eichmann

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"Diz-se que etmologicamente o nome Eichmann significaria o mesmo que o Everyman do poema inglês: isto é, Cada Homem, ou melhor, Todos os Homens. Seja como for, a terrível verdade é que um pouco de Cada Homem foi enforcado com Adolf Eichmann. Como um pouco de Cada Homem suicidou-se com Adolf Hitler. Num caso e no outro, foi punido e puniu-se o que há de mais sinistro no ser humano. Mas, por outro lado, não um pouco, porém muito, de cada um de nós, do que temos de maior e melhor foi assassinado nos seis milhões de vítimas desses dois homens...". Jornal do Brasil

 

O alemão e ex-Coronel da Gestapo Adolf Eichmann foi enforcado na prisão de Ramleh, em Israel, como responsável pelo extermínio de seis milhões de judeus nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Capturado pelas tropas americanas no final do conflito mundial, Eichmann conseguiu fugir da prisão um ano depois. Após circular por diversos países clandestinamente, chegou à Argentina no início da década de 50, onde viveu, sob identidade falsa até ser raptado pelo serviço secreto israelense em 1960, que o levou para ser julgado em Israel, onde foi sentenciado à pena de morte.

O carrasco alemão - sem remorso e proclamando-se inocente até o fim - teve seu pedido de clemência negado pelo Presidente de Israel, Itshak Ben-Zvi, e não conseguiu, como pretendia, obter a intervenção da ONU para a sua salvação. O enforcamento se fez pouco menos de uma hora depois de rejeitado seu pedido.
Além de crimes contra o povo judeu e a humanidade, foi responsabilizado por deportações, pilhagens e extorções.

O gesto extremo de Israel

Não se pode dizer que a execução de Eichmann tenha sido uma catarse do mais terrível drama da história da humanidade. Mas não há dúvidas que o processo de sua condenação e morte tenha causado forte impacto na consciência humana. A opinião pública mundial dividiu-se diante da postura de Israel, de cujo ato extremo não abdicou. Mas afinal, como julgar o ato de um povo mutilado de seus pais, irmãos, maridos, esposas, filhos e amigos, cruelmente silenciados, humilhados, violados, torturados e mortos sob o comando do mais frio e calculista exterminador que já surgiu na espécie humana?

 
 Natal/RN - Brasil,