Instituto José Maciel

Praca Pedro Velho

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Não sei olhar a Praça Pedro Velho com os olhos de homem feito. Saltam lá de dentro, como se vivessem escondidos em algum lugar da alma, os olhos do menino refazendo aquele território encantado da última infância. Onde a pracinha que aprendi a ver quando cheguei aqui, há mais de meio século? Os fícus nas esculturas nascidas das mãos dos jardineiros, os tanques onde moravam as tartarugas, o coreto elevado e os bancos desenhando as curvas verdes das suas pequenas alamedas?

Naquele tempo, graças a Deus, não era cívica. Era só Pedro Velho. Homenagem sincera ao nosso

proclamador da república.  Com seus olhos de bronze como se ainda olhassem a velha mata de Petrópolis, onde viveu, passeou a cavalo, foi o visitante ilustre do Principado do Tirol do amigo Coronel Cascudo, pai de Cascudinho. Com aquela dama e seu vestido longo que não cansa nunca de estender o braço e oferecer um buquê de flores. Como se a vida estive parado num instante mágico.

Um imenso território humano se limitava, na sua geografia íntima, com as Avenidas Prudente de Morais e Floriano Peixoto, entre a Potengi e a Trairi, como se fossem reios correndo para a Ribeira. Não este lugar de hoje, tão comum em tudo, cercado de escritórios, prédios públicos, consultórios e repartições. Ali viviam velhas famílias da cidade e, na esquina, com suas varandas suspensas sobre uns porões misteriosos, espiava a praça a bela casa de Cícero de Souza, hoje desaparecida, onde fizeram com a pedra e a cal da insensibilidade um hotel com nome em inglês.

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Darcy Sarmanho Vargas

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Darcy Sarmanho Vargas (São Borja, 12 de dezembro de 1895 — Rio de Janeiro, 25 de junho de 1968) foi a esposa de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, e a primeira-dama do país por dois períodos.

Na condição de primeira-dama, Darcy Vargas tornou-se um exemplo e uma referência para suas contemporâneas, devido à sua preocupação com as questões sociais e assistenciais.

A fundação de diversas instituições criadas em sua honra e por ela mesma formam seu maior legado.

 

Centenario do Dr. Sarinho

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Não gostaria que o seu centenário, hoje transcorrido, fosse uma data esquecida. Não seria justo para alguém como você.  Para com quem ousou sonhar ainda que, diante de seus limites, exigisse seriedade, equilíbrio, sabedoria e fidelidade. Sonhou em superar a agudeza da carência material e cultural da vida de filho de agricultor no interior de Pernambuco para se tornar médico. Sem recurso, pedia emprestados os livros de medicina aos colegas para copiá-los durante o fim de semana e estudar.  Realizou o sonho. Era um daqueles que sabiam sentar junto ao leito do paciente com tempo para ouvi-lo, tomar suas dores e animá-lo em direção à cura ou ao menor sofrimento possível.

Sempre acreditou no bem. Não simplesmente para evitar o mal, mas pela convicção humanista de se sentir entre irmãos. Assim, chamando de irmão, convidava a sentar à mesa os que batiam à porta pedindo comida. E com a mesma palavra, o mesmo tratamento, nos mandava cumprimentar o novo comensal.

Chegado o tempo da retirada das salas de cirurgia continuou sua atividade. Atendia em casa, de graça, portas abertas para os necessitados, sobretudo os pobres de Mãe Luíza, até que sua visão passou a ser apenas um arquivo de imagens arquivadas na memória.

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Multidao - II Guerra Mundial

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