Poeta, jornalista, magistrado, promotor público.
⭐29.11.1890 - Caicó/RN
✝24.01.1951 - Curitiba/PR
Embora tenha ocupado cargos públicos de certa importância, Abner de Brito é lembrado, ainda hoje, como poeta. Pertencente à fase de transição entre o Neo-Parnasianismo e o Modernismo, ele se manteve fiel à velha guarda.
Sonetista, criou fama em Natal, certa época. "Dentre os seus sonetos, há um que se popularizou, como "Os Cisnes", de Júlio Salusse e "As Pombas", de Raimundo Correia. É "O Enterro do Pecado", em que as cenas de alcova são descritas com o duro realismo de um filme francês". (Rômulo Wanderley). Dois outros sonetos de sua autoria - "Toda Nua" e "Os Meses" constam, respectivamente, das antologias "Panorama da Poesia Norte-rio-grandense" e "Poetas do Rio Grande do Norte".
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife (1912), Abner de Brito seguiu a carreira jurídica, tendo desempenhado, inicialmente, as funções de Juiz Distrital de Augusto Severo (hoje Campo Grande), depois as de Promotor Público nas comarcas de Caicó, Currais Novos e Macau. Anteriormente, exercera os cargos de Secretário da Escola Normal de Natal e Procurador Fiscal do Tesouro do Estado. Quando deixou o serviço público, passou a dar aulas particulares, preparando candidatos ao curso de Humanidades.